domingo, 25 de dezembro de 2011

Ó vinde fiéis, Adéste fidéles laeti triumphántes


O Rei D. João IV de Portugal (1604-1656)  é considerado o mais provável autor do hino de Natal Adeste Fideles, também conhecido como Hino Português.

Feliz Natal a todos! Que o Menino Jesus nos traga muitas bençãos!

sábado, 24 de dezembro de 2011

Telhado de sapé e gramado de musgo



Uma das lembranças mais antigas que tenho é a de meu pai me levando para cortar sapé (tipo de capim) para cobrir o telhado da casinha que "construímos juntos" (eu de fato só atrapalhava) para o presépio. Aquela casinha durou toda a minha infância.

E também pegávamos musgo para imitar grama. Alguns anos, em vez de procurar o musgo pelo campo, íamos comprá-lo no mercado. Era um mercadoria disponível na época de Natal... Porque será que queríamos uma grama bem volumosa e tropical para Belém, que deve ser bem árido, principalmente no inverno?

Havia uma disputa entre os irmãos na hora de decidir os animais do presépio. O boi, o burro e o camelo eram consenso. E também um galinho que tinha um pé quebrado, mas dávamos um jeito de equilibrá-lo no telhado com um pé só. No lago de espelho também entrava uma tartaruga feita com meia casca de noz. Quando o caçula queria incluir uma girafa ou um rinoceronte, os mais velhos responsavelmente vetávamos.

Quando meu filho tinha 4 anos fiz o mesmo com ele. Agora tem 7 anos e já quis montar o presépio sozinho. Durante o Advento acendemos uma velinha e rezamos ajoelhados diante da manjedoura.
Será que meu avô fez o mesmo quando meu pai era criança? Já não são vivos, para que eu possa perguntar. E o bisavô, e o trisavô ...? Será que meu filho vai fazer o mesmo com o filho dele?

Espero que Deus me conceda chegar ao céu... lá todas minhas dúvidas serão esclarecidas!

Um Santo Natal a todos! Que o Menino Jesus nos proteja e nos traga muitas graças!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O cristão unido pela internet jamais será vencido


Os tempos mudaram. E para melhor, bem melhor. Os simples fiéis, soldados rasos, zé manés, como eu e provavelmente você nunca apitavam coisa alguma, sua opinião valia pouco ou nada. Havia uma verdade oficial e o resto era ignorado. Só contava a opinião institucional, com suporte na ideologia (política ou religiosa ou ambas) dominante. O que não interessava era abafado e o que interessava era exaltatado com ou sem razão de ser. As verdades eram definidas de cima para baixo.

A internet bagunçou esse status quo. A blogosfera católica hoje é uma realidade vigorosa. O que se publica na imprensa católica oficial (publicações diocesanas, de ordens religiosas, orgãos ligados a conferências episcopais, etc.) já não é mais aceito como verdade absoluta. Pode ser ser facilmente contestado ou desmentido por blogs independentes. Os canais oficiais perderam a importância.

Apenas dois exempos. Primeiro, as Comunidades Eclesiais de Base, que nas décadas de 80 e 90 pareciam ser uma onda avassaladora que iria dominar o Brasil, o futuro da Igreja. No ano 2000 ainda se falava em 2 milhões de católicos atuantes nas CEBs. Divulgou-se o comparecimento de 800 padres e religiosos e 50 bispos a um evento de 2009. Pois bem, alguém já encontrou um blog ou site conhecido que fale das CEBs ou feito por alguém que participe? Onde estão esses 2 milhões de católicos? Na minha opinião, não existem nem nunca existiram. Mero sonho inflado de alas eclesiásticas influentes e ideológicas que já virou pó.

Segundo exemplo, mais próximo ao tema desse blog: o caos litúrgico que foi se espalhando nas últimas décadas parecia ser uma demanda essencial dos fiéis. Missas folclóricas, com ritmos afro, danças exóticas, padres com cocares e chapéus de caubói, etc. Agora está se descobrindo, e esse blog é apenas uma amostra, que o povão não quer nada disso. Parafraseando o finado Joãosinho Trinta: "o povo gosta é de seriedade litúrgica; quem gosta de criatividades bizarras é o clero sem noção".

Missa inculturada ou Missa avacalhada?

O excelente blog O Catequista publicou dois posts sobre os excessos litúrgicos nas Missas que vale a pena ler: Missa inculturada ou Missa avacalhada?

Sugiro que eles dediquem uma seção fixa no blog a esse tema. Não vão faltar colaborações dos leitores e assunto para muuuitos posts.

Sobre esse tema ver também o post Concorrentes ao Grammy litúrgico . Esse outro também tem a ver: O cristão unido pela internet jamais será vencido.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Gentileza gera gentileza, já dizia o profeta

Profeta Gentileza (1917-1996)

Não imagino quem (nem quando) pela primeira vez deu a voz de comando ao microfone:
"Todos de pé para a Aclamação ao Evangelho!"
É impressão minha ou essa frase é usada há décadas em todas as Missas do Oiapoque ao Chuí?

Na Missa a que costumo assistir a comentarista tem cerca de 20 anos, mas não se acanha: "Todos de pé para a Aclamação ao Evangelho!". Já cogitei me aproximar dela ao final da Missa e fazer as seguintes ponderações:
- alguns dos assistentes têm idade para ser seu avô ou bisavô
- qualquer pessoa que já assistiu meia dúzia de Missas sabe que deve se levantar nesse momento. Se excepcionalmente houver alguém que não saiba, vai acompanhar o resto da manada
- o próprio celebrante, no final da Missa, sugere polidamente "Tenham a bondade de ficar à vontade" e não ordena "Todos sentados para os avisos da semana!"
- sugiro que você diga simplesmente "Aclamação ao Evangelho". Todos vão se levantar, eu garanto!

Confesso que ainda não tive a coragem necessária. Por mais gentil que eu seja, vai parecer que eu lhe dei uma bofetada. Ou ela pode entrar numa crise existencial: se em todas as Missas se diz a mesma frase, como eu posso não dizer? Fico com a sensação de que eu deveria ter a hombridade de enviar a sugestão à própria CNBB, em lugar de perturbar uma inocente mocinha, que não age dessa forma por grosseria, mas simplesmente porque foi instruída a fazê-lo.

Às vezes me pergunto de onde vem esse estilo autoritário, contrário à "indole gentil do brasileiro"?

Como comentei no primeiro post desse blog, pena que as paróquias não têm um ombudsman ou uma caixa de sugestões. Acho que vou lançar mais uma campanha...

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

DENÚNCIA: estão cassando a voz do povo nas igrejas!!!


Vox populi, vox Dei? Essa frase, tão importante para os institutos de pesquisa, também deve ser valorizada nas igrejas. Gosto de ouvir as vozes das pessoas rezando durante a Missa: das crianças e dos velhos, dos cultos e dos analfabetos, com diferentes sotaques, timbres, femininas e masculinas. É uma riqueza do nosso culto. Damos honra e glória a Deus com o nosso espírito e com nosso corpo: posturas, gestos, olhares e, na Missa, principalmente com a voz.

Porém, na maioria das celebrações, quase tudo é cantado e pouco ou nada sobra para o fiel comum rezar: desde o Em nome do Pai, passado pelo Ato penitencial, Glória, Credo, até a invocações intercaladas na Oração eucarística.

Quem não tem boa voz para cantar, como eu e 99% dos homens, fica mudo. Mesmo quem tem boa voz dificilmente se faz ouvir pois equipe de canto e os instrumentos musicais têm amplificadores: o som dos autofalantes abafa a voz dos fiéis.

O povão gosta de rezar, de se fazer ouvir. Levo meu filho pequeno à Missa e nunca tive ocasião de ensiná-lo a rezar o Glória ou o Credo, pois são sempre cantados. A equipe de canto deveria respeitar o direito básico dos fiéis que estão ao rés do chão e não no presbitério, de ter sua voz ouvida. Pelo menos os trechos do folheto com indicação explícita de que cabem à Assembléia, deveriam ser respeitados. Mas parece que a voracidade das equipes de canto é insaciável, querem tudo para si.

Vale a pena reler o post sobre a postura das equipes de canto.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Depois de nove anos de guerra

As tropas americanas estão deixando o Iraque depois de 9 anos de guerra. Seguem duas cenas das Missas aos domingos de lá:

Capelão militar reza Missa de Páscoa, província de Al Ambar,  2006

Bispo Richard Spencer distribui a Comunhão, Semana Santa, 2011
(convém não arranjar encrenca com o diácono)
atualização 29/jan - aproveito o divertido post do Fratresinunum para acrescentar uma notícia interessante
Dois sacerdotes australianos lançaram um abaixo assinado para pedir ao Papa que restaure a recepção da Sagrada Comunhão exclusivamente na boca para toda a Igreja Latina.
Para assinar, clique aqui. Depois de assinar, pode fechar a página, ignorando a petição de donativos, que não é feita pelos promotores do abaixo assinado, mas pelo site que hospeda a petição.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Abra-se a terra e germine o Salvador

Na Missa de hoje, IV Domingo do Advento, a Antífona de entrada é do livro de Isaías:
"Desça o orvalho do alto dos Céus e as nuvens chovam o Justo. Abra-se a terra e germine o Salvador"
 Da versão latina desse texto originou-se o hino Rorate Caeli. Sua verão gregoriana é uma boa preparação para o Natal, agora que estamos na reta final:

sábado, 17 de dezembro de 2011

Concorrentes ao Grammy litúrgico



Na carta pastoral de um bispo norte-americano sobre a litugia da Missa que citei num post anterior, há um trecho que trata dos cânticos na Missa (negritos e comentários em vermelho são meus):
5. Os cantores e músicos devem estar nos coros das igrejas que dispõem dessa estrutura...[muitas igrejas dispõem de local próprio para os cantores, onde também fica o órgão: o côro, uma espécie de mezanino na parte posterior da nave]... a função principal dos cantores é sustentar o cântico dos fiéis reunidos em oração, de forma a permitir a plena, ativa e consciente participação de todos os fiéis. Embora existam peças de música sacra cantada apenas pelos cantores, convém lembrar que os cantores não estão fazendo uma apresentação na Missa
Como se diz do juiz de futebol, os bons cantores e músicos na Missa são aqueles que não se notam. Estão lá para "sustentar o cântico dos fiéis" e não para se apresentar ao público. Se estão fisicamente num côro lá no alto que nem se vê, melhor. Quando estão na frente da nave, devem estar voltados para o altar, que é o centro das atenções, e não para o público. As coreografias, os trejeitos artísticos e as "caras e bocas" são supérfluos.

E "sustentar o cântico dos fiéis" significa que os principais cantores são os fiéis reunidos em oração, cujas vozes devem ser muitas vezes as únicas a serem ouvidas ou ao menos as principais. Mas às vezes os cantores e músicos abafam sistematicamente o canto dos fiéis, com a ajuda de amplificadores potentes. Penso que nas igrejas médias e pequenas nem deveriam usar amplificadores, já que o objetivo é apenas "sustentar o cântico dos fiéis".

E para nos divertir um pouco, a memorável cena de "Os Irmãos Cara de Pau":

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Recordar é viver

Essa imagem pode nos consolar quando pensarmos nas incomodidades que enfrentamos ao assistir à Missa:

Catedral de Munster, Alemanha, bombardeada na II Guerra Mundial, 1946

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Tudo bem mastigadinho


O post anterior cita o decreto Sacrosanctum Concilium (Vaticano II, 1963):
... ninguém ouse, mesmo que seja sacerdote, por sua iniciativa, acrescentar, suprimir ou mudar seja o que for em matéria litúrgica. (n. 22, § 3) 
No entanto, é frequente que o celebrante altere o texto litúrgico da Missa. Por exemplo, para explicar tudo bem explicadinho, como se os fiéis desconhecessem termos menos triviais e só aceitassem o alimento bem mastigadinho. Se está escrito apóstolo, o padre fala seguidor; se está escrito mandamento, fala regra; se está padeceu, fala sofreu e assim por diante.

Não há um certo menosprezo pela inteligência das pessoas? Será que, depois de centenas de missas, não sabem o que é apóstolo? Historicamente a Igreja sempre foi um fator de enriquecimento cultural, através dos textos da Sagrada Escritura, da liturgia, da música sacra, da arquitetura, da catequese, etc.

É natural que os fiéis sejam instruídos na Missa e para isso está a homilía. Não há a necessidade de se vulgarizar o texto litúrgico, rebaixando os fiéis e desrespeitando as rubricas vigentes.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Outro bispo: cada um no seu quadrado...


Dessa vez a carta pastoral é sobre a litugia da Missa e vem de um bispo norte-americano. Começa colocando os pingos nos is:
"1. O texto do Missal Romano deve ser usado exatamente como está escrito. Como indicado na citação do Concílio Vaticano II [decreto Sacrosanctum Concilium: ninguém ouse, mesmo que seja sacerdote, por sua iniciativa, acrescentar, suprimir ou mudar seja o que for em matéria litúrgica. (n. 22, § 3) ] nenhum de nós tem autoridade para mudar o texto por qualquer razão"
Entre outros temas, observa um detalhe interessante:
"c. Especial observação deve ser feita sobre a postura durante o Pai Nosso. Só o celebrante tem a indicação de estender as mãos. Nem os diáconos nem os fiéis são instruídos a fazer o mesmo. Nenhum gesto é prescrito para os fiéis no Missal Romano, nem na Instrução Geral do Missal Romano, logo os fiéis não devem estender as mãos ou dar as mãos uns aos outros."

Sempre achei que esse assunto de dar as mãos no Pai Nosso é forçar a barra. Nunca me passou pela cabeça ficar de mãos dadas com um desconhecido. Mesmo quando encontro meus pais ou avós, dou um beijo e um abraço carinhosos, mas não fico de mãos dadas.

Há algumas semanas, durante o sermão que eu assisti, o padre dizia: agora coloque a mão no ombro da pessoa que está à sua direita e peça isso e aquilo... agora no ombro da pessoa que está à esquerda.. agora no ombro dos dois... Sinceramente, pareceu-me uma grande falta de tato e de respeito com as pessoas, pois não faz parte dos usos e costumes de um cidadão normal ficar tocando o ombro de desconhecidos(as), e nem oferecer o próprio ombro para ser tocado. Se é tudo justificado pela caridade fraterna, a próxima etapa poderá incluir beijos e abraços? Essas iniciativas pitorescas se entendem também pelo que comentei num post anterior sobre a preparação do sermão.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O demônio ama o ruído, Cristo busca o silêncio

Alguns dias atrás, um bispo escocês escreveu uma carta pastoral sobre a necessidade de se criar silêncio nas igrejas, e através do silêncio, oração. Dizia:
"… Não pode haver uma verdadeira relação com Deus, não pode haver um encontro real com Deus, sem silêncio. O silêncio prepara para esse encontro e segue esse encontro …

... Possa a Palavra vinda do silêncio encontrar nosso silêncio esperando por ela como um berço. Diz Santo Ambrósio: O demônio ama o ruído, Cristo busca o silêncio... "
A Missa é composta de palavras, cânticos, movimentos e silêncio. Com frequência os momentos de silêncio são relegados a um segundo plano. Por exemplo, após a comunhão desejamos dar graças a Deus que está fisicamente presente em nós. Nossa alma anseia por silêncio mas os cânticos não respeitam esses anseios.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Católica = universal

A palavra católica vem do grego e significa universal. A Igreja Católica existe em culturas muito diferentes da nossa. Não devemos ter uma visão provinciana (ou paroquiana?) da nossa fé. Podemos e devemos aprender com os outros. Hoje em dia há irmãos nossos sendo perseguidos e martirizados no oriente. A Igreja se expande na África e na Ásia, enfrenta problemas na Europa laicizada, se renova e ganha novo fervor missionário em várias regiões.

Com a internet é fácil acompanhar e participar de muitas dessas experiências, restando algumas vezes apenas a barreira da língua.

Esse blog pretende ser um local de troca de idéias, observações e reflexões sobre as Missas que assistimos. Vou procurar postar aqui notícias de outros países para enriquecer o debate.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Criticando os pregadores


Deixemos a crítica por conta das autoridades. O Cardeal Gianfranco Ravasi, num curso sobre a palavra na Pontifícia Universidade Gregoriana, afirmou:
  • com frequência os sermões são tão incolores, insípidos e inodoros que acabam sendo irrelevantes
  • é necessário recuperar a palavra que "ofende", fere, inquieta, julga
  • a palavra está sofrendo (...) é traída e humilhada
  • é claro que a capacidade de falar é, em parte, dom natural, mas também conta a formação, o treinamento, a capacidade técnica que se pode adquirir. E isto está em falta nos seminários
Acrescento apenas uma indagação: os padres dispõem de pessoas que façam uma crítica sincera sobre a sua pregação, que apontem os acertos e os erros, que façam sugestões sobre a forma e o conteúdo? Ou será que nunca ouvem qualquer comentário ou, ainda pior, apenas as lisonjas de praxe?

sábado, 10 de dezembro de 2011

A preparação do sermão

São Jerônino no seu gabinete (detalhe), Domenico Ghirlandaio, 1480 

Quantas vezes você já teve ocasião de falar para uma platéia de 100, 200 ou 500 pessoas? Mesmo um professor raramente ou nunca se vê diante de platéias numerosas.

Muitos padres fazem isso toda semana. E não deveriam se acostumar a tamanha responsabilidade.

Há o risco da improvisação: não preparar o que se vai dizer e ir encadeando idéias ao acaso. Certos pregadores ligam o piloto automático e parece que nem estão prestando atenção ao que dizem. O resultado é um sermão longo, em que a maioria dos ouvintes está com a cabeça em outro lugar.

Os pregadores deveriam considerar que as pessoas vão à Igreja para assistir Missa e não para ouvir o sermão. Se pudessem escolher, provavelmente trocariam o tempo do sermão pela leitura de um livro religioso ou ouvindo uma boa pregação pela internet. Ainda não encontrei em português, mas clicando aqui você encontrará centenas de sermões em inglês que vale a pena ouvir.

Os sacerdotes têm que, no mínimo, demonstrar respeito pelo tempo que centenas de fiéis dedicam a ouvir o sermão. Duzentas pessoas ouvindo um sermão de 15 minutos totalizam 50 homens/hora ouvindo a pregação. O sacerdote não deveria gastar ao menos 1 hora na preparação?

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A duração do sermão


Acho que os padres costumam se estender demais no sermão e que essa é a opinião da maioria. Quantas vezes já ouvimos queixas de que o sermão foi muito longo... E
alguma vez ouvimos reclamações de que foi muito breve?

Talvez os pregadores, erradamente, receiem que a brevidade seja vista como falta de consideração com os assistentes.

Há também os que não sabem terminar o sermão e acabam esticando um bom tempo até encontrar um jeito de pôr o ponto final.

Há uma frase conhecida sobre o assunto: "nos primeiros 5 minutos fala Deus, nos 5 seguintes fala o sacerdote, a partir daí fala o demônio".

A concisão e a brevidade no discurso exigem esforço e preparo. Contam que o Pe. Vieira, no final de uma longa carta para a Rainha de Portugal, escreveu: "perdoe-me Vossa Majestade por esta carta ser tão extensa, pois não tive tempo de fazê-la breve". Diz-se também de um orador que afirmava: "se você precisa que eu fale 1 hora, posso começar já; mas se precisa que fale 10 minutos, preciso de 1 semana para me preparar".

Acho que o sermão da Missa deve ser objetivo. Melhor 5 minutos que marquem do que 20 minutos de encheção de linguiça. Faça o teste você mesmo: você se lembra de uma idéia do sermão do domingo passado, uma única? E dos últimos meses? Mudando o ângulo: quando foi a última vez que você saiu da Missa pensando: "como pregou bem o padre hoje..."?

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Aos domingos tudo bem, mas e as festa de guarda?


Para cumprir o primeiro mandamento da Igreja devemos assistir à Missa aos domingos e festas de guarda (além de abster-nos de trabalhos servis). No Brasil, que dias são festas de guarda, ou dias de preceito? Além das festas que são transferidas para o domingo mais próximo, os dias de preceito são quatro:
1- Santa Maria Mãe de Deus (1º de janeiro)
2- Corpus Christi
3- Imaculada Conceição (8 de dezembro)
4- Natal

Hoje, Solenidade da Imaculada Conceição, na minha paróquia se seguiu o horário de Missas de dia de semana: uma pela tarde, quando no domingo há três. Mesmo assim a igreja estava bem vazia. Acho que a maioria dos católicos praticantes sequer tinha consciência do dever de ir à Missa. Na Missa do domingo passado não foi lembrado aos assistentes o dever de cumprir o preceito na festa da Imaculada.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

9 razões para ir à Missa


Você já se perguntou os motivos para ir à Missa? Veja o que acha dessa lista que achei na internet:

1. Para responder ao amor de Deus.
2. Para encontrar Cristo da maneira mais profunda possível.
3. Para me reunir e rezar com a comunidade paroquial.
4. Para fortalecer meus laços familiares.
5. Para testemunhar minha fé e deixar um legado vivo para meus filhos e netos.
6. Para ser transformado pela graça de Cristo.
7. Para participar na vitória de Jesus sobre a morte e na salvação do mundo por Jesus.
8. É uma antecipação do céu.
9. Para seguir a orientação amorosa de Deus e aprofundar o relacionamento com Deus.

 Alguma dessas razões está no topo da sua lista? Se não está, qual é?

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Ombudsman nas paróquias?


As paróquias não têm um ombudsman ou uma caixa de sugestões. De vez em quando, no final da Missa, procuro o padre que celebrou ou uma das senhoras que ajudam para dar uma sugestão ou fazer um elogio. Os elogios são sempre bem recebidos, as sugestões nem sempre.

Esse blog pretende ser um local de troca de idéias, observações e reflexões sobre as Missas que assistimos.