quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Tudo bem mastigadinho


O post anterior cita o decreto Sacrosanctum Concilium (Vaticano II, 1963):
... ninguém ouse, mesmo que seja sacerdote, por sua iniciativa, acrescentar, suprimir ou mudar seja o que for em matéria litúrgica. (n. 22, § 3) 
No entanto, é frequente que o celebrante altere o texto litúrgico da Missa. Por exemplo, para explicar tudo bem explicadinho, como se os fiéis desconhecessem termos menos triviais e só aceitassem o alimento bem mastigadinho. Se está escrito apóstolo, o padre fala seguidor; se está escrito mandamento, fala regra; se está padeceu, fala sofreu e assim por diante.

Não há um certo menosprezo pela inteligência das pessoas? Será que, depois de centenas de missas, não sabem o que é apóstolo? Historicamente a Igreja sempre foi um fator de enriquecimento cultural, através dos textos da Sagrada Escritura, da liturgia, da música sacra, da arquitetura, da catequese, etc.

É natural que os fiéis sejam instruídos na Missa e para isso está a homilía. Não há a necessidade de se vulgarizar o texto litúrgico, rebaixando os fiéis e desrespeitando as rubricas vigentes.

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