quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Sininho e o pó de pirlimpimpim

Quando meu filho tinha uns 2 anos, o que mais lhe chamava a atenção na Missa era o toque do sininho. Acho que a estridência ou a originalidade do som impunha certo respeito. Ele acabou aprendendo que eram três toques e ficava aguardando. Depois do último, considerava-se liberado para começar a perguntar: "falta muito prá acabar?"

Não tenho ideia se é um fenômeno generalizado, mas cada vez ouço menos tocarem o sininho. Sei que os inúmeros leitores desse blog estão ansiosos por um longo tratado sobre "a função capital do sino na liturgia ocidental" ou "o papel fundamental do toque do sino para o resgate do...", mas vou frustrá-los. Limito-me a uma singela enquete:

Por que não se toca o sininho em algumas Missas?
a) é um instrumento difícil de tocar
b) os inúmeros ministros no altar estão ocupados com outros afazeres e não sobra tempo para detalhes
c) impossibilidade física: não se encontra no mercado, muito caro, está quebrado, etc.
d) puro e simples desmazelo
e) foi desaconselhado por alguma norma eclesiástica e não estou sabendo
f) não é de bom tom no espírito litúrgico contemporâneo
g) a fada Sininho jogou o pó de pirlimpimpim e o sininho fez... puf!

Respostas aos cuidados deste blog. Aceito sugestões de eventuais alternativas omitidas.

3 comentários:

  1. Os sinos são lindos nas celebrações! Aqui no Santuário do Sagrado Coração de Jesus - Vera Cruz - SP (http://sscjesus.paroquia.net.br) utilizamos e a missão de tocar é dos coroinhas!

    ResponderExcluir
  2. Uma das explicações que encontrei, - no livro "A Missa Explicada Parte por Parte" (José Bortolini - Paullus), - é que o toque do sino era muito necessário na época da Missa em latim, porque uma boa parte do povo não entendia a celebração e o toque do sino servia para avisar que era o momento da Consagração, em que Jesus Cristo se faz presente no pão, depois no vinho. Servia como uma espécie de "aviso" para que a assembleia se colocasse de joelhos. Hoje, com a Missa celebrada na língua pátria, esse aviso não é mais necessário. Alguns teólogos até o consideram uma contradição, já que todo mundo sabe qual é a hora da Consagração. De qualquer maneira, particularmente sou totalmente favorável ao uso dos "sininhos", pois já se tornaram uma tradição litúrgica, que deve ser preservada.

    Em tempo: o blog "Missa aos Domingos" já está figurando na lista da fraternidade Voz da Igreja. Um abraço fraterno, e que Deus abençoe este apostolado tão bonito e necessário.

    Henrique Sebastião

    ResponderExcluir
  3. Em resposta à Voz da Igreja. Já escutei esse argumento, contido nesse livro de tal Bortolini. Porém, qualquer pessoa que tenha assistido a Missa na forma extraordinária, sabe que o sino não se toca apenas na consagração, mas muitas outras vezes durante o Cânon. Também no Sanctus.

    ResponderExcluir