terça-feira, 20 de março de 2012

Batalha cultural: dois pesos e duas medidas


Notícia de ontem na UOL:
A vencedora do prêmio Nobel da Paz e presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf (foto), defendeu uma lei que criminaliza atos homossexuais em seu país, durante uma entrevista ao jornal britânico “Guardian”. 
Ao lado do ex-premiê britânico Tony Blair, que ficou visivelmente constrangido com as opiniões de Sirleaf, ela defendeu os “valores de seu país”. 
“Gostamos de nós mesmos do jeitinho que somos. Temos certos valores tradicionais em nossa sociedade que gostaríamos de preservar”, afirmou.
Provavelmente, o assunto vai morrer sem maiores repercussões. Não pelo fato da Sra. Sirleaf ser presidente e prêmio Nobel, mas por ser mulher, negra e não ser católica. Se qualquer católico afirmar 5% do que ela defendeu, mesmo que seja o Papa (ou exatamente por ser), vão querer lapidá-lo em praça pública.

Tony Blair se converteu em 2007 ao Catolicismo. Já fez apelos ao Papa, sem que ninguém os pedisse, para que mudasse as posições da Igreja sobre o homossexualismo. Na semana passada, manifestou publicamente seu apoio à lei que propõe a legalização do casamento entre homossexuais, às vésperas da leitura em todas as igrejas da Inglaterra de uma carta dos Bispos contra a lei. Diante da presidente da Libéria, deu um sorriso amarelo, gaguejou e... não fez qualquer objeção.

Veja o vídeo da entrevista de ontem em inglês:

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