quinta-feira, 22 de março de 2012

A eterna questão das palmas na Missa


O Salvem a Liturgia traz um interessante post sobre o tema, respondendo à pergunta de uma leitora: "Gostaria de receber esclarecimentos com relação à palmas: neste momento que vivemos, o período da quaresma (sabemos que é um período de conversão e introspecção), em que situações pode-se tolerá-las (palmas)? (...)"

Seguem trechos da resposta:
Na Missa não se batem palmas nunca. Não importa quão festivo seja o dia. Na Quaresma não paramos de bater palmas, simplesmente porque nunca começamos. Em nenhum tempo litúrgico se batem palmas na Missa. Nem mesmo na Páscoa.(...) 
A Santa Missa é o Sacrifício do Calvário tornado presente, e bater palmas em tal momento é simplesmente absurdo. É de mau gosto e incorreto bater palmas ritmadamente para acompanhar música. Trata-se de mais uma influência de programas de auditório na Sagrada Liturgia. 
(...) A autêntica música litúrgica não usa bateria nunca.(...) 
Finalmente, o Sinal da Cruz não deve ser substituído por música. Deve ser simplesmente "Em nome do Pai..." pronunciado pelo sacerdote, com a resposta "Amém" pelos fiéis (...) 
Em resumo:
1 - Não se batem palmas ritmadas na Missa. Nunca. Em nenhum tempo litúrgico.
2 - Não se usa bateria na música litúrgica.
3 - Não se substitui o Sinal da Cruz por música nenhuma.
Vale a pena ler o post completo

Quero acrescentar apenas o seguinte: ainda que não se tenha mencionado, cabe aplaudir em certas situações. Na Missa de beatificação de João Paulo II, após a sua proclamação houve um aplauso de quase dez minutos. Nada mais lógico; o contrário seria de se estranhar. Mesmo no funeral de João Paulo II, houve vários momentos de aplauso. 

Acho que o post não se refere a esse tipo de palmas em situações extraordinárias, mas sim às que acompanham os cânticos da Missa. Se bem que também cabe o exagero em situações (não tão) extraordinárias. Como bem lembrou o post citado, cuidado com a influência dos programas de auditório

Um comentário:

  1. As pessoas bateram palmas no funeral de João Paulo II, mas não podemos bater palmas no sacrifício de Jesus que nos traz a vida eterna? Acho que a questão aqui é, a forma com que vc lida com o termo da morte. Muitas vezes as pessoas homenageiam seus ídolos batendo palmas em seus enterros ressaltando tudo aquilo que ele fez durante sua via, e deixou depois de sua morte. Olhando para Cristo, não seria ainda mais lógico estas pessoas agirem assim com AQUELE que mais fez pela vida dela, e que deixou um legado de vida eterna?
    Agora outras pessoas focam na morte, na saudade, na perca, e preferem vivenciar este momento com silêncio e contrição, o que é totalmente compreensível. Estas pessoas, ao viver a missa, agem da mesma forma diante o sacrifício de Cristo.
    Ou seja, o bater ou não palma na missa, está ligado diretamente de como a pessoa lida com o Sacrifício na Cruz.
    Alguns batem palma olhando para a eternidade (sem deixar a seriedade do sacrifício), outros preferem a contrição diante de tamanho amor (tendo em seus corações a gratidão pela salvação), mas não vejo algo errado se o ponto é a memória do Sacrifício. Quantas vezes vemos homenagens para pessoas queridas que morreram e, apesar da saudade, aqueles presentes na homenagem batem palmas diante de seus feitos?

    Irmãos, não queiramos que as pessoas se relacionem com Deus, da mesma forma que a gente. Pense em seus dois melhores amigos, vc age de forma igual com os dois? Mas vc não ama os dois da mesma forma? Se levamos a sério o respeito por Deus, que não é uma pessoa qualquer, e agimos com Piedade diante da missa, detalhes como palmas, vai realmente da cultura de cada um.

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