segunda-feira, 16 de abril de 2012

A formação litúrgica nos seminários é deficiente


Com relação à Liturgia da Santa Missa, como o Sr. vê a formação dentro dos seminários brasileiros para que os seminaristas tenham uma boa instrução sobre o que é a missa e como celebrá-la com dignidade?

Dom Antonio Carlos Rossi Keller, Bispo de Frederico Westphalen: Em geral, a formação é deficiente. Estuda-se a teologia litúrgica, muitas vezes a partir de autores que não tem uma visão da liturgia suficientemente católica. Nos estudos sobre a liturgia, predomina a opinião pessoal de determinado liturgista, muitas vezes, opinião que contradiz aquilo que a Igreja ensina e determina, especialmente nos últimos Documentos que são normativos, em relação à Sagrada Liturgia. Além disso, falta nos estudos litúrgicos, a meu ver, a “alma” da Liturgia. Uma liturgia sem espiritualidade, sem a consciência de que, antes de tudo, liturgia é oração, acaba caindo no mesmo ritualismo que tantos modernos liturgistas criticam do passado: só que é o ritualismo do inventar, da novidade, que também não tem alma. A meu ver, a formação litúrgica dos seminaristas e também aquela dos padres, deve centrar-se nestes dois eixos: a fidelidade às Normas litúrgicas vigentes e a preocupação constante de fazer da liturgia oração.

A íntegra da entrevista está no blog Encontro com o Bispo

Um comentário:

  1. Fui seminarista e religioso franciscano na década de 80 e essa deficiência já existia. Mas hoje já tem padres e liturgistas que possuem uma postura em suas celebrações que dão mais "alma" às liturgias seja ela qual for. Por outro lado precisa com certeza de uma renovação na maneira de conduzir as celebrações.
    Somos santos e pecadores. Nosso senhor é nosso guia.
    Bençãos em sua vida.

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